Com o crescimento das
cidades surgiram novas camadas sociais, esse crescimento urbano causou certa
tensão, pois essa população queria participação política e melhoria nas
condições de vida e trabalho. O pacto oligárquico não queria atender essas necessidades, então usaram a força. A
população da área rural era pobre, sofriam brutalidades dos coronéis e não
recebiam atenção das pessoas que estavam no poder público. Conflitos como o de
Canudos e do Contestados eram consequências dessa forma de vida.
Embora parecesse que as
áreas urbanas estavam sendo modernizada a população se revoltava, pois os abrigos da população mais pobre estavam sendo destruídos, como na Revolta da Vacina. A carga horária de trabalho
era extensa e não tinham nenhuma lei sobre o trabalho.
O direito
ao voto durante a República Velha era direcionado apenas as pessoas que não se
enquadravam nas seguintes condições: aos pobres, (seja pela renda, exigência de
alfabetização), os mendigos, as mulheres, os menores de 21 anos, soldados e
marinheiros, e os membros de ordem religiosa, ou seja, a maior parte da
população não votava.
A estrutura oligárquica,
o coronelismo, o voto de cabresto, o curral eleitoral, as fraudes eleitorais, a
política do café-com-leite e a falta de mobilidade da população influenciaram
nas questões sociais do país. Atualmente observamos que embora tenhamos
diversos direitos relacionados às reivindicações da população da República
Velha, a comparação entre a nossa República e a antiga República nos revela uma
grande contradição, por exemplo, temos maior autonomia, mas muitas vezes não
temos o que fazer contra a corrupção em nosso país. O fato de que ainda
presenciamos diversos tipos de exclusão social está evidente em nosso dia-a-dia
não só quando ouvimos e lemos reportagens sobre políticos que “compram” seus
eleitores, mas também em nossa situação de vida, que mesmo não sendo tão
precária como antes e considerada relativamente estável, ela é
desproporcional a economia do país.
Geicinara Félix
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