Google Tradutor

sábado, 9 de junho de 2012

Permanências e rupturas: paralelo entre o contexto político e social da primeira república e da república atual tendo como referência a questão da exclusão social


            Durante a primeira república existia uma estrutura oligárquica, que era uma política entre governadores, sendo assim, a relação entre os partidários estaduais e o Presidente da República era fundamental, pois durante as disputas do estado o Presidente intervia a favor dos governadores, e nas eleições presidenciais essa “assistência” era recíproca. Tudo isso dependia do controle das pessoas que estavam no poder sobre a população. Os coronéis usavam e ousavam de seus poderes, além de diversas formas de manipulações.
Com o crescimento das cidades surgiram novas camadas sociais, esse crescimento urbano causou certa tensão, pois essa população queria participação política e melhoria nas condições de vida e trabalho. O pacto oligárquico não queria atender essas necessidades, então usaram a força. A população da área rural era pobre, sofriam brutalidades dos coronéis e não recebiam atenção das pessoas que estavam no poder público. Conflitos como o de Canudos e do Contestados eram consequências dessa forma de vida.
Embora parecesse que as áreas urbanas estavam sendo modernizada a população se revoltava, pois os abrigos da população mais pobre estavam sendo destruídos, como na Revolta da Vacina. A carga horária de trabalho era extensa e não tinham nenhuma lei sobre o trabalho.
O direito ao voto durante a República Velha era direcionado apenas as pessoas que não se enquadravam nas seguintes condições: aos pobres, (seja pela renda, exigência de alfabetização), os mendigos, as mulheres, os menores de 21 anos, soldados e marinheiros, e os membros de ordem religiosa, ou seja, a maior parte da população não votava.
            A estrutura oligárquica, o coronelismo, o voto de cabresto, o curral eleitoral, as fraudes eleitorais, a política do café-com-leite e a falta de mobilidade da população influenciaram nas questões sociais do país. Atualmente observamos que embora tenhamos diversos direitos relacionados às reivindicações da população da República Velha, a comparação entre a nossa República e a antiga República nos revela uma grande contradição, por exemplo, temos maior autonomia, mas muitas vezes não temos o que fazer contra a corrupção em nosso país. O fato de que ainda presenciamos diversos tipos de exclusão social está evidente em nosso dia-a-dia não só quando ouvimos e lemos reportagens sobre políticos que “compram” seus eleitores, mas também em nossa situação de vida, que mesmo não sendo tão precária como antes e considerada relativamente estável, ela é desproporcional a economia do país.
Geicinara Félix

Nenhum comentário:

Postar um comentário